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Os anjos aparecem aos pastores

Os anjos aparecem aos pastores
Photo by Patrick Schneider / Unsplash
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Lucas 2.8-14

No nascimento do nosso Salvador, houve uma grande mistura de humildade e glória. Jesus foi colocado em uma manjedoura; em contraste, anjos anunciaram sua chegada. Mas a quem os anjos anunciaram? Não aos príncipes, mas aos pastores, mostrando assim que Deus havia escolhido os pobres deste mundo. Durante toda a vida do nosso Salvador, houve a mesma mistura de humildade e glória — ele viveu com pescadores, mas às vezes era visitado por anjos. Tinha um semblante sofrido, mas certa vez brilhou mais que o sol. Vestia-se de forma humilde, mas, em uma ocasião, suas vestes ficaram mais brancas do que qualquer pessoa na terra poderia alvejar. Era tão fraco que mal podia carregar sua cruz, mas tão forte que podia ressuscitar os mortos de suas sepulturas.

O povo de Cristo é como seu mestre - com frequência, são pobres e aflitos, mas há uma glória neles que os torna como filhos de Deus. Suas mentes estão cheias de pensamentos mais nobres do que aqueles que ocupam os reis da terra. Enquanto os príncipes estão pensando em seus suntuosos banquetes, seus altos títulos e coroas reluzentes; os filhos de Deus estão meditando sobre a ceia das bodas do Cordeiro, os tronos de luz e o Deus da glória.

Como os humildes pastores ficaram espantados com a aparição angelical, que transformou a escuridão em dia! Como a mensagem deve tê-los surpreendido também! Um anjo lhes disse que o Filho de Deus havia chegado ao mundo e estava na cidade de Davi (ou Belém). Essa não era uma notícia difícil de acreditar? Mas o que o anjo acrescentou tornou-a ainda mais difícil, pois ele disse que este glorioso bebê estava deitado em uma manjedoura. Imediatamente, no entanto, Deus confirmou suas palavras fazendo aparecer uma multidão de anjos nos céus — não duas ou três testemunhas, mas, talvez, dois ou três milhões.

Esses anjos não eram testemunhas silenciosas. Eles cantaram um cântico, cujas próprias palavras chegaram até nós. É o único cântico cantada por anjos na terra que já ouvimos. No livro do Apocalipse, algumas de suas músicas celestiais estão registradas, como "O Cordeiro que foi morto é digno de receber o poder, a riqueza, a sabedoria, a força, a honra, a glória e o louvor" e "tu criaste todas as coisas e, por tua vontade, elas existiram e foram criadas". Contudo, lemos sobre um cântico que os humildes pastores ouviram. É um cântico curto, mas que tem muito conteúdo; ela explica o propósito para o qual o Salvador veio ao mundo e a razão pela qual ele foi enviado.

O propósito era trazer glória a Deus e paz na terra. A razão de seu envio era a boa vontade de Deus para com a humanidade. "Glória a Deus nas maiores alturas, e paz na terra entre os homens a quem ele ama".

Afinal, a vinda de Cristo não trouxe glória a Deus? Desde que Cristo veio ao mundo, quantos pecadores redimidos glorificaram a Deus pelo dom de seu Filho! Mas o que são esses louvores comparados aos cânticos dos crentes e anjos por toda a eternidade! Nunca deixarão de louvar o Deus de amor por enviar seu único Filho para morrer por homens pecadores. Ainda assim, podemos perguntar: "Há paz na terra?". Ainda não; mas haverá. Esta terra ficará cheia do conhecimento do Senhor, e então a guerra cessará; as espadas se tornarão em arados e as lanças em foices (veja Isaías 2) porque o Príncipe da Paz reinará.

Essas são as graciosas promessas de Deus aos homens. Não duvidemos da boa vontade do Senhor para conosco. É triste para um pai amoroso perceber que seus filhos duvidam de sua boa vontade para eles — ele tenta convencê-los disso por meio de numerosos atos de bondade; e fica muito decepcionado se não consegue conquistar a confiança deles. O Senhor não fez o suficiente para nos convencer de sua boa vontade? Não deveríamos sempre dizer: "Aquele que não poupou nem o próprio Filho, mas, pelo contrário, o entregou por todos nós, como não nos dará também com ele todas as coisas?".