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A verdade sobre nossas listas de tarefas sem fim

A verdade sobre nossas listas de tarefas sem fim
Photo by Kelly Sikkema / Unsplash

5 verdades bíblicas sobre tempo e trabalho (2)

E disse para o homem: Porque deste ouvidos à voz da tua mulher e comeste da árvore da qual te ordenei: Não comerás dela; maldita é a terra por tua causa; com sofrimento comerás dela todos os dias da tua vida. Ela te produzirá espinhos e ervas daninhas; e terás de comer das plantas do campo. Do suor do teu rosto comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste tirado; porque és pó, e ao pó tornarás. (Gênesis 3.17-19)

Estamos explorando cinco verdades bíblicas sobre tempo e produtividade. Na semana passada, vimos a Verdade #1: que o nosso anseio pela eternidade é bom e dado por Deus. A passagem de hoje revela a Verdade #2: que, embora ainda ansiemos pela eternidade, o pecado garantiu que todos morreremos com trabalho inacabado.

Quando o pecado entrou no mundo, a morte veio junto com ele. Os seres humanos, que foram criados para serem imortais, tornaram-se mortais. O trabalho, que foi criado para ser bom, tornou-se difícil. O tempo, que foi criado para ser infinito, tornou-se finito.

Em resumo, o pecado garantiu que ninguém jamais terminará todo o trabalho que deseja realizar em sua vida. Karl Rahner, um teólogo proeminente do século 20, expressou isso da seguinte maneira: "No tormento da insuficiência de tudo o que é alcançável, aprendemos que, em última instância, neste mundo não há sinfonia concluída".

Assustador, deprimente e tão, tão verdadeiro. Todos morreremos com sinfonias inacabadas. Nossas listas de tarefas nunca serão completadas. Sempre haverá uma lacuna entre o que podemos imaginar realizar nesta vida e o que realmente conseguimos fazer.

Que texto devocional encorajador, não é? Mas não desista desta série ainda! Prometo que há uma grande esperança logo adiante, mas precisamos começar por aqui, porque o nosso lamento pela finitude do tempo é a pista que nos leva a essa esperança. Como assim? C.S. Lewis respondeu a essa pergunta quando disse: "Se encontro em mim mesmo um desejo que nenhuma experiência neste mundo pode satisfazer, a explicação mais provável é que fui feito para outro mundo".

Portanto, se ansiamos por realizar mais do que o pecado nos permite em uma vida, é lógico assumir que fomos feitos para uma história diferente, atemporal. E esse é exatamente o cerne da narrativa cristã: embora pareça que todos morreremos com sinfonias inacabadas, no fim das contas, isso é apenas uma ilusão, pois "Deus é capaz de trazer resultados eternos a partir de nossos esforços limitados pelo tempo" (citando novamente Jen Wilkin). Essa é a esperança para a qual voltaremos na próxima semana!